O Enigma Náutico - Arquivos do detetive Leônidas
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- 5 de dez. de 2023
- 11 min de leitura
Atualizado: 5 de jun. de 2024
Sinopse: Em visita ao Brasil o famoso detetive Leônidas vai até a cidade de Enseada das Garças para dar suporte à segurança pública local. Lá, ele conhece Agenor, um “sem teto” que vive dentro de um barco. Com o tempo descobrem coisas em comum e desenvolvem uma amizade. Porém Agenor é assassinado, e o detetive deve desvendar o enigma da morte de seu amigo.
Agenor era um nome que não correspondia à sua verdadeira identidade, porém, na pequena vila conhecida como Enseada das Garças, ele era amplamente conhecido por esse apelido. Há cerca de vinte anos, ele chegará a esse lugar, vindo de um ponto desconhecido. Vestia uma calça esfarrapada, que eram mais buracos que panos, amarrada à sua cintura por uma corda modesta. Seu paletó, adornado com mais remendos do que uma velha lona de caminhão, testemunhava os anos de desgaste. Apesar de caminhar descalço, seus pés permaneciam notavelmente limpos.
Agenor vivia de esmolas, mas agia com discrição, sem causar incômodo ou assustar as mulheres e crianças da região. Quando tinha oportunidade, comprava uma garrafa de vinho e suportava a bebida admiravelmente bem. Ninguém jamais o viu sequer um pouco alterado, mesmo em ocasiões festivas, quando chegava a consumir litros daquela bebida.
Assim, Agenor era uma figura enigmática na Enseada das Garças. As histórias sobre sua origem e passado permaneciam um mistério para todos. Alguns especulavam que ele era um fugitivo ou um homem que havia perdido tudo. Outros imaginavam que guardava segredos que o levou a buscar refúgio naquela pacata vila à beira-mar.
Independentemente de sua verdadeira história, Agenor era um símbolo da perseverança e da sobrevivência. Sua presença na Enseada das Garças despertava a curiosidade e o respeito dos habitantes locais, que, mesmo sem conhecer seus segredos, reconheciam sua capacidade de enfrentar a vida com dignidade, apesar das adversidades.